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Apagão, medo e redenção; saiba como Corinthians fez Pacaembu chorar
Posted by Ed3 Triciclo
on
04:43
Estava escrito: o dia 20 de junho de 2012 ficaria marcado na história.
Corinthians e Santos se enfrentariam para decidir quem permaneceria vivo
na Copa Libertadores da América: o primeiro, podendo chegar em sua
primeira final; o segundo, querendo conquistar o tetra e também
despachar seu arquirrival. Quiseram os deuses do futebol que os
corintianos seguissem adiante, em quarta-feira marcada por apagão da
equipe, medo na arquibancada e uma redenção triunfal, em noite que fez o
torcedor corintiano chorar de emoção.
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Foi o fim de um trauma que parecia não ter fim para os 35 milhões de torcedores, que viram seu time chegar à sua primeira decisão continental. O gol de Danilo, aos 2min do segundo tempo, livrou a massa alvinegra de uma maldição que insistia em perdurar, e ainda tirou do time de um peso para disputar a sequência do torneio. Os 38 mil corintianos no Pacaembu nesta quarta derramaram lágrimas, e desta vez não foi por mais uma eliminação precoce. O Corinthians está, sim, na final da Libertadores.
"Apagão" ofusca festa armada
De fato, a noite desta quarta-feira foi mais uma epopeia na história corintiana. A festa estava armada para uma heróica classificação, mas nada nesse clube parece ser fácil. Os fantasmas de jamais chegar à final da Libertadores ainda existiam. A vitória por 1 a 0 no duelo de ida, na Vila Belmiro, até acalmou os ânimos dos torcedores, mas como os próprios gostam de dizer: "tudo com o Corinthians é mais sofrido".
Quem sabe por isso o time alvinegro tenha entrado em campo de forma tão estranha. Recuado, amedrontado atrás da linha do meio de campo, aceitou o jogo do Santos e tinha atuação bem apática, diferente da consistente equipe pentacampeã brasileira e que brilhava na Libertadores. O jogo era de um só time, e esse time era azul, se lançando ao ataque como podia.
Neymar revive "fantasmas passados"
Não satisfeito, o Corinthians ainda tomou um gol, após 597 minutos de invencibilidade. Aliás, Neymar fez um gol. Ele estava em campo, o melhor jogador do Brasil estava do outro lado do campo e estava mordido, como anunciou nos dias que antecederam o confronto. Disse que "iria para o pau", e foi. Não deu outra: vazou a, até então, intransponível meta de Cássio na Libertadores.
O Pacaembu silenciou. Os fantasmas de Boca Juniors, Grêmio, Palmeiras, Palmeiras, River Plate, River Plate, Flamengo e Tolima vieram à tona. O medo de uma nova eliminação tomou os corintianos novamente. A torcida do Santos fazia a festa, aos gritos de "tricampeão" e "centenada". Outro adeus corintiano na Libertadores parecia iminente. Mas o Corinthians tinha um trunfo...
Vestiário "mágico" no intervalo
Algo aconteceu naquela ida corintiana aos vestiários, no intervalo de uma amarga derrota por 1 a 0 que levaria a decisão para os pênaltis. Como foi em 1999 e 2000, contra o Palmeiras. A derrota seria certa, pensavam os corintianos. Afinal, os fantasmas de "São Marcos" ainda vivem naqueles torcedores. Não, não poderia ir para os pênaltis de novo. Tite sabia disso.
"No primeiro tempo foi o clima do jogo, carregamos 102 anos de história nas costas e nunca chegamos à final. Sentimos um pouco", explicou o zagueiro Leandro Castán. "Mas no intervalo, o clima no vestiário foi mágico", continuou. "Intervalo foi reorganização. Absorvemos o gol sofrido. O jogo estava amarrado e a gente precisava agredir mais", acrescentou Tite, que algo fez para sacudir com o brio da equipe.
Gol, redenção e fim do trauma
Não se sabe se o que Tite fez com aqueles jogadores no vestário foi mesmo "mágica". O que se sabe é que o Corinthians voltou outro para o segundo tempo. Partiu para o ataque, empatou com Danilo e incendiou um estádio já tomado por lamúrias. Neymar sumiu, Ganso foi nulo e a equipe da casa abafou o rival. O jogo era de novo de um só time, desta vez alvinegro. O Pacaembu sentiu que um trauma ficava para trás.
Se antes os 102 anos corintianos sem final continental pesaram no primeiro tempo nas costas dos jogadores, o segundo tempo os fez lembrar que o clube alvinegro não viveu só de quedas de Libertadores. Viveu também de histórias de raça, paixão, amor e superação. O Corinthians foi Corinthians de novo. E assim será, em busca de seu primeiro título de Libertadores. Seja ele em 2012, ou não. A epopeia continua.
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Foi o fim de um trauma que parecia não ter fim para os 35 milhões de torcedores, que viram seu time chegar à sua primeira decisão continental. O gol de Danilo, aos 2min do segundo tempo, livrou a massa alvinegra de uma maldição que insistia em perdurar, e ainda tirou do time de um peso para disputar a sequência do torneio. Os 38 mil corintianos no Pacaembu nesta quarta derramaram lágrimas, e desta vez não foi por mais uma eliminação precoce. O Corinthians está, sim, na final da Libertadores.
"Apagão" ofusca festa armada
De fato, a noite desta quarta-feira foi mais uma epopeia na história corintiana. A festa estava armada para uma heróica classificação, mas nada nesse clube parece ser fácil. Os fantasmas de jamais chegar à final da Libertadores ainda existiam. A vitória por 1 a 0 no duelo de ida, na Vila Belmiro, até acalmou os ânimos dos torcedores, mas como os próprios gostam de dizer: "tudo com o Corinthians é mais sofrido".
Quem sabe por isso o time alvinegro tenha entrado em campo de forma tão estranha. Recuado, amedrontado atrás da linha do meio de campo, aceitou o jogo do Santos e tinha atuação bem apática, diferente da consistente equipe pentacampeã brasileira e que brilhava na Libertadores. O jogo era de um só time, e esse time era azul, se lançando ao ataque como podia.
Neymar revive "fantasmas passados"
Não satisfeito, o Corinthians ainda tomou um gol, após 597 minutos de invencibilidade. Aliás, Neymar fez um gol. Ele estava em campo, o melhor jogador do Brasil estava do outro lado do campo e estava mordido, como anunciou nos dias que antecederam o confronto. Disse que "iria para o pau", e foi. Não deu outra: vazou a, até então, intransponível meta de Cássio na Libertadores.
O Pacaembu silenciou. Os fantasmas de Boca Juniors, Grêmio, Palmeiras, Palmeiras, River Plate, River Plate, Flamengo e Tolima vieram à tona. O medo de uma nova eliminação tomou os corintianos novamente. A torcida do Santos fazia a festa, aos gritos de "tricampeão" e "centenada". Outro adeus corintiano na Libertadores parecia iminente. Mas o Corinthians tinha um trunfo...
Vestiário "mágico" no intervalo
Algo aconteceu naquela ida corintiana aos vestiários, no intervalo de uma amarga derrota por 1 a 0 que levaria a decisão para os pênaltis. Como foi em 1999 e 2000, contra o Palmeiras. A derrota seria certa, pensavam os corintianos. Afinal, os fantasmas de "São Marcos" ainda vivem naqueles torcedores. Não, não poderia ir para os pênaltis de novo. Tite sabia disso.
"No primeiro tempo foi o clima do jogo, carregamos 102 anos de história nas costas e nunca chegamos à final. Sentimos um pouco", explicou o zagueiro Leandro Castán. "Mas no intervalo, o clima no vestiário foi mágico", continuou. "Intervalo foi reorganização. Absorvemos o gol sofrido. O jogo estava amarrado e a gente precisava agredir mais", acrescentou Tite, que algo fez para sacudir com o brio da equipe.
Gol, redenção e fim do trauma
Não se sabe se o que Tite fez com aqueles jogadores no vestário foi mesmo "mágica". O que se sabe é que o Corinthians voltou outro para o segundo tempo. Partiu para o ataque, empatou com Danilo e incendiou um estádio já tomado por lamúrias. Neymar sumiu, Ganso foi nulo e a equipe da casa abafou o rival. O jogo era de novo de um só time, desta vez alvinegro. O Pacaembu sentiu que um trauma ficava para trás.
Se antes os 102 anos corintianos sem final continental pesaram no primeiro tempo nas costas dos jogadores, o segundo tempo os fez lembrar que o clube alvinegro não viveu só de quedas de Libertadores. Viveu também de histórias de raça, paixão, amor e superação. O Corinthians foi Corinthians de novo. E assim será, em busca de seu primeiro título de Libertadores. Seja ele em 2012, ou não. A epopeia continua.
http://esportes.terra.com.br/futebol/libertadores/noticias/0,,OI5849902-EI12948,00-Apagao+medo+e+redencao+saiba+como+Corinthians+fez+Pacaembu+chorar.html
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